sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Metrópole


A cidade não para
A outra metade corre
Tudo que é vivo, nasce
E tudo que nasce, morre

O sangue escorre
A gravidade influencia
A gravidade da morte
É a matéria do outro dia

A cidade nunca para
Pra que tanta melancolia ?

Palhaço, sou eu
Que ainda insisto em poesia

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Morto

Eu levanto
Ela apodrece ao meu lado
Acendo um cigarro
Ela nem se mexe
É melhor assim

Dei-lhe todas as chances de fugir
Enquanto controlava a situação
Eu sou a situação
E a aflição me salta os olhos
Que deveriam estar em tuas mãos
Não as tenho mais em mim

Um desejo ?
Teu sangue
Uma saudade ?
Teu corpo
Um arrependimento ?
Ter lhe deixado viva dentro de mim

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Criatua


Você compõe os meus traços
Desatina os meus passos
E toma minha direção
Você conhece os meus medos
Sabe todos os segredos
Que carrego nesse teu coração


Sou a criatura, a tua loucura exposta num papel.
Num papel, que após tanto desejo, se tornou branco.
E eu já não vivo nos teus sonhos. Doce é a realidade.
Do teu toque.
Do teu beijo.
Do teu risco.


Feliz 6 meses de namoro, amor