domingo, 21 de outubro de 2012

Vinho


Ela diz que vai morrer de amor
Ah, faça-me o favor! De amor não se morre.
Se morre em ponta de faca, em disparo de bala.
O amor só serve pra tapar a boca 
Maldita boca que fala!
Na hora em que deveria ficar calada.
Você insiste em dizer que quer ser pra sempre minha amada. 
Eu não lhe prometo nada! 
Além de uma taça de vinho pra essa madrugada.

domingo, 19 de agosto de 2012

O Quarto



Capitulo II


Tem dias que você faz pose, faz posse.
Fuma um cigarro, tosse e reclama de mim.

Tem dias que você me joga na cama
E diz que me ama, uma semana de amor.

Tem dias que você não sabe o que quer
Cinema ou café, na cama ou em pé.

Tem dias que você vem disposta a ser desejada
E sem dizer nada, ganha tudo.

Tem dias que você se abstrai de mim
E prefere ver o meu fim.

Mas existem os dias em que você vem á tona.
E me faz pensar que estou errado.
E disposta a ser soberana, se deita ao meu lado.
E eu fico calado pois, amanhã começa a semana.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O Quarto



Capitulo I

Vou começar do começo.
Que apesar de estarmos ao avesso, ele existiu.

Costumávamos a ser como o fogo.
Queimando o nosso próprio corpo!
Trancafiados em um jogo de gato e rato.
Há uma semana presos nesse quarto.
Você devorava cada pedaço meu.
E pouco nos importava se o dia amanheceu
Dentro daquele quarto, durante o nosso ato
O mundo se resumia a você e eu.

Não existia limite pra nossa imaginação.
A cama só era mais alta que o chão.
Estando dentro de você, tudo perdia a dimensão.
E entre tantas portas, ouvia-se o barulho.
De dois lobos uivando, se estranhando.
Um vestindo o amor, o outro despindo o orgulho.

E assim era o fim do mundo a nossa forma
Tão delicada forma, que nos prendia a atenção

Agora, somos o caos de um caso sem solução
Estirados sob uma superfície plana.
Há uma semana mortos de amor.

quarta-feira, 25 de julho de 2012


Vem cá!
Se aprochegue devagar.
Se aconchegue nos meus braços.
Faça dos meus pés, seus passos.

Vem cá!
E se deite em minha rede.
Que o barulho do punho na parede
Convida a gente a sonhar.

Vem cá!
Mas, venha ser ter medo,
Que eu vou te contar um segredo.
A rede faz o mundo balançar!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Basta




Ela vai reclamar da falta de afeto.
Ele vai dizer que pra tudo dá-se um jeito.
Ela vai dizer que não está certo.
E ele, qualquer coisa pra rimar com perto.
E independente do ensejo, todo mundo sabe
Que pra morrer de amor só basta um beijo.

domingo, 24 de junho de 2012

Zero Horas


A tua falta de decência
Já não me causa tanta carência
Depois da tua ausência
Tive a incumbência de me adaptar

E disseram que eu não iria aguentar
Que antes de meio-dia, te pedia pra voltar
Mas, já são meia noite.
Eu continuo nessa mesa de bar.

E para descarrego de consciência
Garçom, me vê uma dose de indiferença
Que é pra minha paciência aturar você

E apesar de toda aquela carência
Na mesa do bar, eu tomei tenência
Pois, meu coração é um cabaré
Só que tem gerência


Feita por mim. Totalmente inspirado em Sérgio Sampaio.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

O Rei







A cavalo e armado
Tomarei posse do seu coração
Destruirei o condado da razão
Investirei pesado na loucura
E continuarei na aventura
Que é decifrar seu coração

Seguirei nesta estrada
Sem medo e aflição
Tendo a força de mil homens
Enfrento qualquer batalhão
E continuarei na aventura
Que é dominar seu coração

E chegará o dia em que serás minha
E que de costume serei teu
Será o dia mais feliz de minha vida
Pois o teu reino será meu
E eu descansarei na aventura
Pois, será o dia em que conquistei seu coração.

Enquanto esse dia não chega
Digo logo, e diante mão,
Que qualquer barulho ou confusão
Sou eu, a cavalo e armado
Tomando posse de seu coração.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Tempo




Sou calculista
De visão aguçada
Não tenho medo da vida
Não tenho medo de nada

Sou duro na queda
Não existem obstáculos para mim
Apostem suas moedas
E rezem pra que eu não comece o dia ruim

Sou egoísta
E quero sempre mais no fim
Não me contento com pouco
Quero tudo pra mim

Eu sou assim
E pra aquele que duvida que não sou forte
Espero que tenha afinidade com a sorte
Pois, a morte trabalha pra mim

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ao Contrário

Me fiz acessível
Pra alguém tão dispensável
Tornei possível
O fato de não ser amável
E Amei de uma maneira instável

Passei a ser volúvel
E como antes, incontrolável
improvável, impossível
Insuportável,insaciável
E você ?
Se fez tão adorável,

E hoje eu só sei
Que comecei ao contrário.

terça-feira, 6 de março de 2012

U.S.A


Gosto quando você tira a blusa
Me come, me cospe e me usa
Gosto quando você abusa
Me pega, abraça e repulsa
Gosto quando você vem avulsaAdicionar vídeo
Tira tudo de mim e se lambusa
Gosto quando você me expulsa


Nem todo fogo arde
Nem toda dor é saudade
Pra falar a verdade
Foi você quem viu maldade


Risos.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Metrópole


A cidade não para
A outra metade corre
Tudo que é vivo, nasce
E tudo que nasce, morre

O sangue escorre
A gravidade influencia
A gravidade da morte
É a matéria do outro dia

A cidade nunca para
Pra que tanta melancolia ?

Palhaço, sou eu
Que ainda insisto em poesia

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Morto

Eu levanto
Ela apodrece ao meu lado
Acendo um cigarro
Ela nem se mexe
É melhor assim

Dei-lhe todas as chances de fugir
Enquanto controlava a situação
Eu sou a situação
E a aflição me salta os olhos
Que deveriam estar em tuas mãos
Não as tenho mais em mim

Um desejo ?
Teu sangue
Uma saudade ?
Teu corpo
Um arrependimento ?
Ter lhe deixado viva dentro de mim

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Criatua


Você compõe os meus traços
Desatina os meus passos
E toma minha direção
Você conhece os meus medos
Sabe todos os segredos
Que carrego nesse teu coração


Sou a criatura, a tua loucura exposta num papel.
Num papel, que após tanto desejo, se tornou branco.
E eu já não vivo nos teus sonhos. Doce é a realidade.
Do teu toque.
Do teu beijo.
Do teu risco.


Feliz 6 meses de namoro, amor

domingo, 8 de janeiro de 2012

O Divino Amor Vagabundo


Eu matei o amor
Não suportava aquele sorriso
E a cara lambida que ele tinha

Deixei o amor ferido, caído no chão

E se engana quem o representa com um coração

O amor tinha a barba por fazer

E vivia jogado na sarjeta

Era o maior de todos os vagabundos

Fiz-lhe um favor, quando lhe tirei a vida
Livrei-o da hipocrisia desse mundo
E da culpa, que você não merecia


Afinal, eles blasfemam em teu nome

Sem saber o teu significado

lhe apedrejam por cada lagrima

lhe açoitam por cada erro
E por fim, lhe crucificarão por não suprir suas necessidades

É isso que se ganha quando se meche com os humanos, meu amor